Curral educacional: UMES faz campanha dentro das escolas e incita jovens contra Bolsonaro, em SP (veja o vídeo)

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Um vídeo que tem circulado nas redes sociais traz a indignação de um pai que acaba de tomar conhecimento de um material que vem sendo distribuído na porta das escolas para seus filhos.

Na gravação, ele conta que acabou de levá-los para a escola e que encontrou uma jovem entregando um jornal. Ele pede um exemplar e ela se recusa a entregar, mas acaba conseguindo um exemplar com a ajuda do filho.

O jornal é uma produção da UMES, a União Municipal dos Estudantes Secundaristas, entidade estudantil que atua nas escolas públicas (dentro e fora) e na porta das escolas particulares da cidade de São Paulo.

O conteúdo é aterrador. Da capa até a última página, um mar de agressões – em textos, imagens, uma enxurrada de fake news e doutrinação ideológica – contra o presidente Jair Bolsonaro.

O editorial, assinado pela diretoria como um ‘especial de volta às aulas’, traz afirmações como:

“A realidade do povo brasileiro pouco se aproxima da prometida durante a campanha eleitoral de Bolsonaro: o Brasil da família se encontra com mais de 14 milhões delas sobrevivendo na extrema pobreza, com menos de R$100,00 por mês”.
“O reajuste do salário mínimo proposto pelo governo não teve aumento real, acompanhando somente a inflação. Os R$1.112,00 atuais é um valor menor do que o salário mínimo do Paraguai. O Brasil de Bolsonaro é o Brasil da miséria”.
“Ao mesmo tempo, a educação e a ciência, que são o caminho não só para a saída da crise da Covid-19, mas também para o desenvolvimento do país, também sofrem com os boicotes e negacionismo de Bolsonaro. Com as constantes tentativas de sabotar a vacinação, as escolas ficaram meses em EaD que poderiam ter sido evitados, mas que não o foram por uma única razão: a corrupção e o obscurantismo do governo Bolsonaro atrasaram a vacinação a todo custo”.
“Bolsonaro nesses três anos de presidência se provou uma ameaça à democracia, mostrou que não tem interesse com o desenvolvimento do país, odeia a vida do povo brasileiro e quer o declínio da educação e da ciência. Como estudantes e cidadãos, o Fora Bolsonaro deve ser a ordem do dia”

Em resumo, o editorial afirma que o presidente é contra a democracia, o culpado pelo fechamento das escolas durante a pandemia, que sabotou a vacinação e, olhem só, que odeia a vida do povo brasileiro.

Há ainda informações falsas, como o valor do salário mínimo (atualmente em R$ 1.212,00), entre outras.

O texto, entretanto, é só a ponta do iceberg em um ‘verdadeiro mar de ideologização e desinformação’ e é nos detalhes que se vê o tamanho do ‘bonde que a entidade estaciona na cabeça dos alunos’.

A começar pela capa, uma ilustração em que um jovem estudante negro, segurando um título de eleitor, dá um soco em uma caricatura de Bolsonaro – caracterizado como Adolf Hitler, com o símbolo da suástica na gravata e usando ferraduras – e o joga em uma lata de lixo.

As páginas seguintes trazem quase sempre manchetes contra o presidente, desenvolvendo cada um dos ataques ou das fake news citadas no editorial.

“Boa volta às aulas! Bora detonar Bolsonaro”, traz a página 2.
“Voto dos estudantes será essencial para derrotar Bolsonaro nas urnas”, afirma o título da página 3.

Na foto, três estudantes negros mostram o dedo do meio com um adesivo de Bolsonaro na ponta e o texto acusa o presidente de "asqueroso, pessoa ruim, mentirosa, grosseira, ignorante, egoísta, truculenta, corrupta, incapaz de qualquer sentimento bom pelo próximo”.

Mas apesar da apologia e do chamado ‘ódio do bem’, é na questão do título de eleitor que chama a atenção.

No final das 'matérias', vem o convite aos jovens para que votem contra ele nas urnas e um banner convocando a 'tirar o título de eleitor'.

Na sequencia, outra arte informa que já haviam atingido 7.500 títulos emitido e agradece a ajuda dos grêmios estudantis que levaram a campanha para dentro das escolas, citando o nome daquelas (provavelmente apenas uma pequena amostragem) que já tinham aderido (confira abaixo):

A campanha prossegue nas páginas seguintes, com números exagerados sobre preço de gasolina e pessoas que passam fome no Brasil e novas caricaturas de Jair Bolsonaro, como a que ele surge com a imagem do demônio.

Mais uma vez o tabloide cita nomes de escolas em que o 'trabalho de doutrinação' é realizado pelos grêmios, no ambiente da sala de aula.

Entre eles, o da EE Alberto Conte é apresentado como o “Terror de Bolsonaro, por ter sido o responsável pela ‘emissão’ de 212 títulos eleitorais.

Nem mesmo o espaço dedicado à ‘diversão’ no jornal da UMES conseguiu abandonar os ataques, como o Horóscopo:

“Como cada signo reage quando o Bozonaro fala besteira (ou seja, todo dia)”, questionava a coluna, seguindo, a cada signo, com ofensas e incitação contra o presidente.

Quem financia a UMES, seu jornal, suas campanhas?

A questão acima poderia ser de difícil resposta, mas é objetiva.

A entidade foi fundada em 1984, como consta em sua página na internet. Ano em que o sindicalismo e os movimentos de trabalhadores e de estudantes se consolidavam no Brasil.

Entre os principais parceiros da UMES, estão a UNE (União Nacional dos Estudantes) e a UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas). O site ainda apresenta o logo de outras parcerias ou indicações, como o do Jornal da USP, e até de entidades do governo federal, como o Ministério do Turismo, A Funarte e a Secretaria Especial de Cultura.

A maioria, relacionados à principal fonte de renda da UMES, que é a emissão de carteirinhas estudantis, seja para o desconto em eventos culturais (por isso a citação de órgãos federais) e/ou o direito ao ‘passe escolar’ com redução na tarifa dos transportes públicos. Daí, citam também a SPTrans (controladora de economia mista do sistema de transporte da cidade de São Paulo).

São, portanto, milhões de carteirinhas emitidas só na capital paulista, por uma anuidade fixa de R$ 35,00, e, ainda que considerando-se os custos e o provável rateio com as outras organizações estudantis que participam do processo, é fácil constatar uma movimentação financeira na casa dos milhões de reais.

Há também o pedido de colaborações por pix, mas de forma sutil e pouco chamativa.

O jornal, entretanto, oferece outras pistas de ‘possíveis interesses políticos’ que poderiam configurar fontes de financiamento.

Há uma reportagem, por exemplo, que traz a presença do Secretário de Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares, durante reunião com membros da diretoria da UMES.

Na foto, um jovem com a camisa da entidade, ao lado de Rossieli, entrega um documento de reivindicações ao vice-governador (então em exercício) Rodrigo Garcia.

João Doria Jr., o governador de São Paulo - candidato do PSDB à presidência da República e um dos mais ferozes adversários de Bolsonaro - em nenhum momento é citado ou aparece em fotos. Mas estão ali, Garcia, seu imediato no Palácio dos Bandeirantes, e Soares, seu contato direto com milhões de estudantes, por meio de uma entidade com penetração nas escolas, agindo livremente dentro dos grêmios e, por consequência, em salas de aula, sob os olhos coniventes de diretores e professores pra lá de ‘esquerdizados’ por sindicatos e anos da metodologia de Paulo Freire.

Assim sendo, é preciso olhar para a devida gravidade os fatos relatados acima.

O uso de um meio de comunicação de massa com conteúdo ofensivo, doutrinário, ideológico e carregado de falsas informações.

A distribuição do mesmo para jovens ainda em formação psicológica, social, intelectual e política, portanto, de fácil acesso e manipulação.

A cooptação destes jovens como massa de manobra político-eleitoral, em uma reedição dos chamados ‘currais eleitorais’, que agora já podem receber uma nova denominação – talvez, ‘curral educacional’.

A falta de transparência sobre a destinação dos milhões de reais captados pelas entidades estudantis, na emissão de carteirinhas.

A possível participação ou mesmo financiamento por representantes e gestores de estados e municípios, obviamente interessados na gigantesca massa de manobra que podem ter sob seu domínio.

Mas é preciso, mais do que nunca, chamar a atenção para o que acontece com os filhos quando saem de casa para a escola… aquilo que os pais sequer imaginam, ficando surpresos e indignados quando tomam conhecimento, como no vídeo que estimulou a construção desta matéria.

Você, pai de aluno, sabe quem está falando com seu filho agora? Tem interesse em saber o que está sendo dito a ele dentro do ambiente escolar? Talvez seja a hora de perguntar!

Veja o vídeo:

O Jornal da Cidade Online está sendo vítima da Censura.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a desmonetização do site.

Um ato cruel... Um "tapa na cara" da democracia.

Neste momento, onde estamos assistindo a liberdade de expressão ser devastada e conservadores sendo calados, precisamos da ajuda de todos os patriotas...

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